Há alguns anos atras, um grande amigo presenteou-me com um livro, que respondeu a muitos questionamentos -Reforma Íntima sem Martírio, de Wanderley de Oliveira/ Ermance Dufaux. Logo que comecei a ler os capítulos, um deles chamou minha atenção, “Depressões Reeducativas”.
Nos último anos esta queixa vem se repetindo no consultório, com diferentes roupagens; são aquelas pessoas que reclamam da ausência de prazer para as atividades habituais; que vivem em um estado arrastado de insatisfação; que perdem a alegria de viver; que vêem o “mundo acinzentado”...
Muitos chegam utilizando medicamentos controlados há anos; outros buscando novas formas de tratamento; outros ainda procurando entender seu sofrimento. Compreender esta doença sob nova ótica facilita o caminho a ser desvendado.
No livro “Escutando os Sentimentos” psicografados por Wanderley S. de Oliveira, pelo espírito Ermance Dufaux, são ilustradas algumas atitudes comuns nesta patologia:
Ansiedade inexplicável.
Baixa tolerância a frustrações.
A decisão de não perdoar.
Inconformação perante as perdas.
O hábito sistemático da queixa improdutiva.
Irritabilidade sem causas conhecidas.
A solidão em grupo
A Insegurança obsessiva.
Sentir-se inútil.
A desistência de ser feliz.
Entretanto se ficarmos focados apenas nos sinais e sintomas teremos uma visão de superfície, como se fosse a ponta de um iceberg.
Buscar o que se encontra oculto, em profundidade, requer disciplina, paciência, persistência, aceitação, o que muitos não estão interessados e acabam preferindo meios mais rápidos de tratamento, nem sempre tão eficazes. A autora espiritual refere que “este é um doloroso estado de desilusão que acomete o ser em busca da sua recuperação perante a própria consciência na vida física”. Que o núcleo básico deste transtorno é o EGOÍSMO (hábito de ter nossos caprichos atendidos), e ORGULHO. Nos ensina ainda que ao reencarnarmos encontramos todas as condições favoráveis para vivenciarmos a “silenciosa expiação reparadora”, um expurgo psíquico necessário a nossa transformação. Se diante dos desafios que a alma experimenta junto a sua caminhada evolutiva, houver rebeldia, revolta, susceptibilidades, recusa em aceitar circunstâncias que contrariem suas fantasias, é então chamada pela dor que reeduca suas potencialidades latentes. Só através do auto-perdão ; auto-aceitação; e auto-amor, este processo será finalmente resolvido.
“O Exercício do Auto- Amor, está em aprender a ouvir a voz do coração, pois nele residem os ditames para a nossa Paz e Harmonia”
Paz e Luz!
Myrian
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